A importância do brincar para o desenvolvimento infantil

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Para a criança, a brincadeira é mais do que diversão, ela é também um modo lúdico de desenvolver autonomia intelectual e sensorial, de construir relações sociais, de treinar habilidades motoras e cognitivas. A importância do brincar e da brincadeira está justamente nisso: nos ganhos que ambos proporcionam, que vão muito além do lazer.

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Há adultos que associam as brincadeiras apenas ao entretenimento infantil, como se essa prática não cumprisse nenhuma outra função para o desenvolvimento da criança. No entanto, especialistas da área da Educação afirmam que o hábito de brincar é fundamental para um desenvolvimento saudável da criança, sendo, inclusive, um direito previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que diz que o “brincar, praticar esportes e divertir-se” fazem parte do direito da criança à liberdade.                


Na verdade, a importância da brincadeira para o desenvolvimento infantil é tamanha que o ato de brincar é um direito previsto também em outros documentos nacionais e internacionais, como na Declaração Universal dos Direitos Humanos, na Declaração dos Direitos da Criança, na Convenção sobre os Direitos da Criança e no Marco Legal da Primeira Infância.


Por isso, o Melhor Escola respondeu às dúvidas mais comuns sobre o hábito de brincar e listou 10 brincadeiras para fazer em casa.

Qual é a importância do brincar na educação infantil?

As crianças brincam porque querem se ocupar, dar risadas e se divertirem. O que elas não sabem é que esse hábito proporciona outros ganhos, como o desenvolvimento de habilidades motoras, a construção ou o fortalecimento de laços sociais e até pode entender mais sobre as suas emoções.


Por isso, os adultos, quando observam a criança brincando, devem intervir pouco, afinal, parte do desenvolvimento infantil é conquistado com a independência do pequeno ou da pequena.


Além disso, a importância do brincar na educação infantil auxilia também com que as crianças tenham uma maior percepção em relação as regras. Assim, elas conseguem entender o que podem fazer ou não, dando noções de limite para as mesmas.


É neste momento que a criança aprende, experimenta o mundo, conhece sentimentos e elabora a própria autonomia de ação. Em outras palavras, parte do desenvolvimento infantil possui uma relação direta com as brincadeiras e com o hábito de brincar.


Qual a importância do brincar na aprendizagem?

Existem vários modos de aprender um conteúdo, as metodologias ativas, por exemplo, demandam que o estudante tenha uma postura mais proativa e autônoma diante do próprio aprendizado. Isso porque elas partem do princípio de que o conhecimento é obtido com mais facilidade quando o estudante é envolvido de modo lúdico no conteúdo, tendo o interesse despertado. 


Nesse contexto, os jogos, por exemplo, fazem parte de uma estratégia ativa de ensino. Por meio dos jogos e de gincanas a criança aprende ordens, testa habilidades físicas, como correr e pular; habilidades sociais, como cooperar e liderar; habilidades emocionais, como resiliência e persistência. Além disso, há jogos que trabalham habilidades linguísticas ou conteúdos temáticos específicos, aumentando o repertório cultural da criança.


Desse modo, o brincar não apenas permite que a criança aprenda mais rápido, como também faz com que ela tenha uma relação saudável com o próprio processo de aprender, já que ela não o julgará cansativo e autoritário.


Um ponto importante de reflexão é que não são somente as crianças que saem beneficiadas com as brincadeiras, é através delas que os adultos podem conhecer mais sobre as mesmas. Assim, são nesses momentos que eles conseguem perceber como elas estão se sentindo, se há algum incomodo e etc.


Quais são os benefícios de brincar?

Como vimos, a importância do brincar está muito relacionado ao desenvolvimento das crianças. Nesse sentido, são inúmeros os benefícios que o brincar pode oferecer. Pensando nisso, fizemos um resumo das principais vantagens que ele pode oferecer, veja a seguir:


  • Desenvolve a criatividade (são nos momentos de "explorar" as situações que as crianças exercem a criatividade),
  • Aprimora a capacidade de aprendizado (é brincando que elas começam a aprender mais sobre as coisas),
  • Melhora a habilidade de se comunicar socialmente,
  • Aumenta a curiosidade dos pequenos,
  • Estimula o desenvolvimento cerebral,
  • Estimula o senso de independência.


10 brincadeiras educativas para fazer em casa

Algumas pessoas sabem que o hábito de brincar deve ser incentivado entre as crianças, mas não sabem, exatamente, do quê ou como brincar com elas. Pensando nisso, listamos abaixo 10 brincadeiras para fazer em casa ou no apartamento, confira:


  1. Faz de conta

    O faz de conta é uma brincadeira completa para ser praticada com as crianças, pois trabalha  a alteridade, isto é, a capacidade de se colocar no lugar do outro, além de trabalhar a capacidade de interpretação, de ouvir e de falar da criança.

  2. Amarelinha

    O jogo de amarelinha já é folclórico, e os ganhos de praticá-lo vão além do aprendizado da sequência numérica. Para as crianças mais novas, o jogo exige delas controle da força muscular, de equilíbrio, de espaço e de coordenação motora fina.

  3. Quente ou frio

    A brincadeira pode ser feita em ambientes tanto fechados como abertos. O jogo pode envolver crianças de diferentes faixas etárias ao mesmo tempo e exige estratégia e lógica dos participantes, além de espírito de equipe, pois as crianças precisam decidir juntas onde esconder o objeto.

  4. Pular corda

    Pular corda é uma brincadeira que leva a criança a superar e a desafiar os limites do próprio corpo. Além do condicionamento físico, o jogo pode trabalhar o ritmo e a coordenação motora de quem o pratica. E não exige um espaço físico grande para ser executado.

  5. Stop

    Pular corda é uma brincadeira que leva a criança a superar e a desafiar os limites do próprio corpo. Além do condicionamento físico, o jogo pode trabalhar o ritmo e a coordenação motora de quem o pratica. E não exige um espaço físico grande para ser executado.

  6. Caça ao tesouro

    Este é um jogo capaz de envolver crianças de diferentes faixas etárias. O grau de dificuldade também é decidido pelo adulto, ou grupo de pessoas, que o elaboram. A caça ao tesouro exige sagacidade e raciocínio lógico dos participantes, além de persistência. E não se engane: não são necessários grandes espaços para montar uma caça instigante. Um apartamento pode ter ótimos esconderijos.

  7. Caixa sensorial

    Indicado para crianças mais novas, ou mesmo bebês, a caixa sensorial permite que o participante desenvolva os sentidos, como o olfato, o tato e a audição. No caso dos bebês, a caixa sensorial também os ajuda a ampliar o vocabulário.

  8. Jogos tabuleiro

    Existem jogos de tabuleiros para diferentes faixas etárias. Em geral, eles demandam memória e pensamento estratégico dos jogadores. A maior característica entre eles, porém, é a exigência do respeito às regras. Outra característica é que eles podem envolver toda a família.

  9. Brinquedos de montar

    Os blocos de montar e as peças de encaixar desenvolvem o raciocínio lógico e a noção espacial das crianças. No entanto, é importante ter cuidado com o material e o tamanho das peças. Fique atento com as recomendações do fabricante em relação à faixa etária indicada para o brinquedo.

  10. Desenho Seja com cadernos de desenho e pintura, seja com folhas em branco para desenhos livres, não importa de que modo, desenhar é uma prática que desenvolve habilidades motoras finas da criança, além da imaginação e da capacidade de se expressar. Por isso, incentive a criança a pintar e a desenhar.

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Dia Internacional do Brincar

Brincar é mais do que um lazer, é um direito de toda criança e adolescente. Por ser considerado importante, estabeleceu-se, nos anos 2000, o Dia 28 de maio como o Dia Internacional do Brincar. A data é comemorada em 40 países, incluindo o Brasil. 

A brincadeira aprimora a educação, aumenta a concentração e a criatividade da criança. Apesar de ser um hábito mais comum na infância, muitas vezes ele é negligenciado pelos adultos, seja porque os responsáveis alegam não ter tempo, seja por falta de espaço. 


Então, brinque com a criança e se comprometa a transformar a ação em um hábito, caso ainda não seja. Ideias não faltam!