Atraso na fala? Saiba como isso pode impactar a vida da criança

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Um dos momentos mais esperados pelos pais durante o desenvolvimento do filho é o da linguagem verbal, a fala. Para se ter uma ideia, desde o período gestacional o bebê pode ouvir sons por volta da 12ª semana de gestação, e responder aos sons de fala com movimentos a partir da 24ª semana. 

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Dessa forma, o reconhecimento das vozes e outros sons evolui continuamente após o nascimento, junto das formas não-verbais de comunicação, como o olhar para o rosto das pessoas, sorrir para elas, e iniciar a vocalização (essa chamada como linguagem de bebês). 

Com mais ou menos 1 ano de idade, a compreensão de palavras deve ter avançado e espera-se que as primeiras palavras comecem a sair. E, quando menos se espera, podem falar demais! Mas e quando existe um atraso na fala das criança? O que fazer? Acompanhe a leitura.

O que é o atraso na fala da criança?

Nunca devemos esquecer que ocorrem variações e algumas crianças demoram mais a falar do que as outras. Neste caso, comumente podem ser sugeridas causas que na verdade são mitos:

  • Meninas falam mais cedo do que meninos: existe a hipótese de que o cérebro feminino pode apresentar maturação ligeiramente mais precoce, mas nenhuma evidência científica conseguiu provar de forma definitiva que isto faz com que elas desenvolvam a fala mais cedo do que eles.

  • Crianças com 2 anos e meio não precisam falar: existem variações sim, mas de acordo com o esperado para a idade, crianças de 2 anos devem estar combinando ao menos 2 palavras em frases simples. Isto porque o desenvolvimento da linguagem é um processo gradativo e de forma contínua, ou seja, se normal ele não para, mas obedece a um crescente.

Além disto, o desenvolvimento motor tão valorizado no primeiro ano de vida como indicador de boa saúde inclui também o desenvolvimento e uso da musculatura orofacial, caracterizando a condição de normalidade como uma associação, um conjunto de outras formas de linguagem. Portanto, vários sinais devem ser avaliados e não somente a “quantidade” de palavras emitidas em cada idade.

Possíveis causas por trás do atraso de fala:

  • falhas na audição;

  • distúrbios específicos de linguagem;

  • alterações neurológicas;

  • deficiência intelectual;

  • autismo;

  • apraxia da fala

  • falta de estimulação verbal;

  • uso excessivo de aparelhos eletrônicos.

Vamos entender melhor sobre algumas delas:

  1. Dificuldade Auditiva: a audição é muito importante para o desenvolvimento da fala. Procure o Pediatra ou o Otorrino para que eles possam avaliar melhor. Exames também são indicados para testar a audição da criança. Podemos não perceber uma perda auditiva leve.

  1. Falta de estímulos adequados: uma criança precisa de estímulos adequados. Saber conversar com uma criança, apresentar o mundo a ela, nomear os objetos, os brinquedos, cantar, ler histórias, brincar no parque, brincar de faz-de-conta, são formas de estimulação. Falar demais também não ajuda! Tem pais que por não saberem ou não perceberem, falam demais e deixam a criança sem espaço para se comunicar. Os fonoaudiólogos poderão ajudar os pais com maiores orientações.

  1. Excesso de tela: isso também pode prejudicar o desenvolvimento da fala. Precisamos criar e sempre valorizar os momentos de comunicação. Hoje, a vida corrida, atrapalha muito os momentos em família. A criança precisa de paciência, de modelos, de disposição. 

Em que idade é considerado atraso na fala?

O portal neurológica elaborou uma tabelinha que pode facilitar a leitura sobre a idade da criança e como é o desenvolvimento esperado da linguagem. Por ela, conseguimos entender em que idade é considerado atraso na fala.


Fonte: Neurológica

Quando buscar ajuda profissional?

Caso identifique qualquer indício relacionado ao atraso na fala, leve a criança a um fonoaudiólogo para uma avaliação especializada. A partir de uma investigação clínica completa, é possível saber se existe realmente um retardo na linguagem infantil ou não.

Se houver um atraso na fala, o profissional indicará a intervenção mais adequada para o caso do paciente. Em algumas situações, apenas a orientação dos pais é o suficiente para estimular a linguagem do pequeno. Dessa forma, algumas tarefas podem ajudar, como ler livros, contar histórias, repetir palavras e ouvir músicas, por exemplo.

Em casos mais críticos, a terapia é a única solução para tratar o atraso na fala! Em geral, o fonoaudiólogo trabalha em conjunto com outros profissionais da área médica, como pediatras, psicólogos e pedagogos.