Sem dúvidas, uma preocupação bastante comum entre os pais de crianças são as doenças que são disseminadas na escola. Viroses, gripes e resfriados estão entre as mais comuns, sobretudo entre crianças menores de três anos. Essa situação tão comum deu o nome a essas doenças de “síndrome da creche”.
Ela recebe este nome pelo fato de que afeta os pequenos que estão indo pela primeira vez à escola. Dessa forma, até então, não estavam expostos à maior circulação de vírus e bactérias anteriormente.
Se você tem uma criança ou um bebê doente em casa, lembre-se que seu sistema imunológico está em formação. Portanto, é absolutamente normal lidar com crises alérgicas, dores de ouvido e essas contaminações que, sem dúvidas, preocupam a todos os pais.
“É absolutamente normal e esperado que as crianças menores fiquem doentes nesse período inicial na escola, pois o sistema imunológico delas ainda é imaturo e está em desenvolvimento. Esses episódios são incômodos para pais e alunos, mas auxiliam no desenvolvimento da imunidade”, explica a pediatra Dra. Kesianne Marinho.
Vamos entender um pouco melhor sobre quais são as doenças comuns na infância e os principais cuidados. Continue a leitura.
As doenças comuns na infância e ambiente escolar
De acordo com especialistas da área, as doenças comuns na infância no período escolar são:
conjuntivite;
doenças do trato respiratório (sejam elas gripes, resfriados e Covid-19);
infecções na garganta;
gastroenterites.
Além disso, é importante ressaltar que doenças como pneumonia, a própria Covid-19, catapora (varicela), coqueluche, sarampo, caxumba, rubéola, meningites e gripe exigem mais atenção por parte dos pais e podem manter a criança até três semanas longe do convívio social, respeitando o tempo de recuperação da criança.
Principais cuidados
Alimentação
Para os bebês e crianças que já frequentam a escola, a amamentação é uma poderosa arma contra as doenças. Por isso, prolongá-la pode, de fato, ajudar no combate às doenças escolares.
“Caso o bebê não seja mais alimentado com o leite materno e já esteja com a alimentação estabelecida, a dica é promover refeições variadas e ricas em vitaminas, proteínas, carboidratos e minerais”, ressalta a Dra. Kesianne.
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Lavar as mãos
Além da alimentação variada e saudável, que também deve ser adotada pelas crianças maiores, outra medida simples é a lavagem frequente das mãos. O estímulo vindo de casa ajuda a promover o combate às doenças comuns no ambiente escolar em todas as idades.
É importante lembrar que várias bactérias, vírus e protozoários se alojam diariamente nas mãos. Mas, como esses “bichinhos” são invisíveis a olhos nus, os pais precisam explicar sobre a importância de lavar as mãos frequentemente - de forma lúdica e nunca fazendo chantagens ou colocando medo nas crianças - e, principalmente, dando o exemplo.
Outro ponto importantíssimo é pedir para que as crianças não coloquem as mãos sujas na boca e para não roer as unhas, por exemplo.
Lavagem nasal
Esse é um detalhe que os pais devem ficar muito atentos. A lavagem nasal deve ser realizada periodicamente, com uma seringa e soro fisiológico. Dessa forma, evita-se o acúmulo do muco nasal, em que os vírus e as bactérias se “hospedam”.
“Se os pais criam em seus filhos o hábito de lavar o nariz desde pequenos, a lavagem passa a fazer parte da rotina, como a escovação dos dentes por exemplo. O ideal é que a lavagem nasal seja feita ao chegar da escola ou na hora do banho e mais vezes ao dia quando a criança estiver doente, repetindo sempre que o nariz estiver entupido”, orienta a pediatra.
Controle de comorbidades e consultas médicas
Doenças como rinite, asma e demais doenças crônicas mal controladas colaboram para que a criança se infecte e adoeça mais vezes. “Por isso, estar com as consultas sempre em dia para fazer esse controle de comorbidades, além de avaliar se o aporte nutricional está adequado ou se há a necessidade de alguma suplementação, é fundamental para prevenir adoecimentos”, explica a pediatra.
Vacinação em dia
Além de ser uma obrigação dos pais, manter a carteirinha de vacinação dos filhos atualizada impacta diretamente no combate à disseminação de doenças no ambiente escolar.
Com as doses em dia, é possível impedir que as crianças e os adolescentes desenvolvam e transmitam uma série de doenças, como poliomielite, tétano, difteria, coqueluche, sarampo, hepatite B, meningite, rubéola, entre outras.
É importante que os pais estejam atentos ao calendário nacional de vacinação para não perderem os prazos das vacinas e possíveis reforços que sejam recomendados. Além disso, na consulta de rotina com o pediatra, é importante que estas datas sejam lembradas e reforçadas.
Todas as vacinas recomendadas pelo Ministério da Saúde no Programa Nacional de Imunização (PNI) estão disponíveis gratuitamente nos postos de saúde. Para consultar o calendário nacional de vacinação, acesse: https://bit.ly/3XjyGNL.
