A educação midiática não se restringe apenas ao uso de tecnologias. Na verdade, além disso, ela prepara o estudante para que ele desenvolva habilidades de pesquisa, produção e interpretação de informações.
Neste artigo você vai ver:
Quando surgiu a educação midiática?
O que é ter uma educação midiática?
Qual a importância da educação midiática no Brasil?
Benefícios da educação midiática
O que podemos trabalhar na educação midiática?
O uso da IA na educação midiática
Portanto, o senso crítico é estimulado, além de técnicas em ferramentas tecnológicas, especialmente naquelas em que é possível ter acesso a informações (e poder compartilhá-las), como a internet.
Com o recente crescimento de fake news e discursos de ódio, essas habilidades se fazem necessárias na vida de qualquer indivíduo, especialmente nos menores.
A educação midiática faz com que eles já tenham uma base de conhecimento consolidada e participem de forma ativa na era digital, como por exemplo ao enviarem mensagens com responsabilidade.
Quando surgiu a educação midiática?
Apesar de muitas pessoas só terem ouvido falar sobre o que é educação midiática recentemente, o termo foi criado em 1960, nos Estados Unidos, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).
Na época, havia forte manipulação da mídia através do rádio e cinema, por isso ficou explícita a necessidade de tornar as pessoas mais conscientes daquilo que ouviam, inclusive as crianças e adolescentes, que já consumiam esses recursos.
O que é ter uma educação midiática?
Apesar de haver um destaque para as informações divulgadas na internet, a educação midiática contempla todos os canais de comunicação: seja por jornal impresso, livros, revistas, rádio ou televisão.
Levando em consideração o uso de redes sociais e a influência de pessoas nesse meio, os chamados “influencers”, a educação midiática aborda desde notícias jornalísticas até outras informações difundidas.
Por meio dela, é possível combater as fake news, evitar a manipulação e garantir que as ideias sejam checadas sempre antes de serem compartilhadas.
A educação midiática é um mecanismo influente no comportamento das crianças e jovens, com o objetivo de torná-los cidadãos mais conscientes da coletividade.
Qual a importância da educação midiática no Brasil?
Para a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a educação midiática no Brasil é uma competência geral, a qual deve ser aplicada em todos os colégios.
Ferramentas de comunicação podem ser trabalhadas em diversas disciplinas, a fim de garantir uma análise ética e atiçar o senso crítico na aprendizagem, por exemplo ao fazer uma curadoria das informações que chegam nas mídias.
Atualmente, o compartilhamento de notícias falsas, por exemplo, acontece muito nas redes sociais, espaço em que os alunos estão cada vez mais presentes.
Benefícios da educação midiática
Estímulo ao pensamento crítico e analítico, o que torna os debates escolares mais profundos, além de um indivíduo mais informado;
Conhecimento sobre os direitos individuais e do coletivo;
Incentivo à resolução de problemas;
Fomentação da criatividade;
Maior proximidade entre professores e alunos;
Acesso mais fácil para informação;
Direcionamento para checagem de informações, principalmente fake news;
Desenvolvimento de competências para o uso de ferramentas midiáticas;
É um diferencial para as instituições de ensino, o que faz com que consigam captar mais alunos.
Além dos benefícios sociais para a vida dos estudantes, a educação midiática também permite uma absorção mais frequente dos acontecimentos do mundo, o que facilita os estudos daqueles que já estão prestando vestibulares, em relação às atualidades.
Vale ressaltar que a educação midiática pode ser usada para temas de redações, ou mesmo para interpretar questões de provas como as que aparecem no Enem.
O que podemos trabalhar na educação midiática?
Para estimular a educação midiática no Brasil, é necessário que as escolas invistam em um ensino personalizado, para que as aulas atendam diferentes demandas da sociedade e a realidade de cada aluno.
O investimento em tecnologia é essencial para uma educação midiática, tendo em vista que o uso de plataformas digitais é um dos braços desse conceito, seja para aplicação de atividades quanto para envio de feedbacks e estreitamento do contato.
Entretanto, é importante colocar o estudante como protagonista da aprendizagem, para que haja maior interesse em adotar as práticas da educação midiática no dia a dia, além do tempo na escola.
Afinal de contas, todos vivem na era digital e estão a maior parte do tempo conectados. Aplicar o pensamento crítico no cotidiano é essencial para construir uma sociedade mais democrática e justa.
A educação midiática é abrangente e pode ser colocada em prática na sala de aula com:
Discussões e debates sobre as problemáticas das fake news, manipulação, consequências do discurso de ódio, entre outros acontecimentos recorrentes no meio digital;
Leitura e criação de artigos sobre o que é educação midiática;
Acesso a plataformas digitais, assim como contato com outros meios de comunicação (rádio, televisão, revista impressa), para aprofundar a relação com o tema;
Promoção de cursos de oficinas, tanto técnicas quanto teóricas, sobre as mídias e meios de compartilhar informações.
Essas são sugestões que servem para estimular o desenvolvimento da educação midiática, mas a ideia principal é que essas ações se tornem parte do comportamento do estudante enquanto ser social.
O uso de IA na educação midiática
Além de entrarem em contato com as questões éticas de compartilhamento de informações, é esperado que as crianças e adolescentes também aprendam sobre o uso de Inteligência Artificial na educação midiática.
Seja em como treinar uma máquina, para usufruí-la da melhor forma, até no controle de algoritmos e reconhecimento de nomenclaturas específicas.
Entrar em contato com esse universo não deve mais ser visto como algo distante do ensino brasileiro, mas sim como uma realidade necessária.
É através da educação midiática que vamos garantir a formação de cidadãos conscientes e bem informados, o que consequentemente gera mais inclusão social.