Atualizado em 25/06/2024
A decisão por matricular uma criança na escola pública ou privada varia de acordo com o perfil ou condições de cada família. Na rede privada, é preciso pagar uma mensalidade para garantir que o aluno tenha acesso ao estudo. Na rede pública, por outro lado, a educação é ofertada gratuitamente, sem que os pais precisem pagar por este serviço.
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Neste artigo, você irá saber quais as principais diferenças entre uma escola particular e uma pública, além de entender como funciona cada tipo de instituição.
Confira!
O que é escola pública?
Como foi dito acima, a rede pública oferece vagas para que os estudantes possam ter acesso à educação de forma gratuita e universal. Segundo a Constituição Brasileira, crianças e adolescentes têm direito à educação para que possam se desenvolver como pessoas.
O Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), de 1990, determina que os pais ou responsáveis têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino. Os mais jovens devem ter acesso a recursos que contribuam para o exercício da cidadania e para a qualificação para o trabalho.
Nesse sentido, o ensino público é um serviço oferecido pelo Estado à população e custeado com os impostos arrecadados. Os colégios públicos são mantidos pelos governos municipais, estaduais ou federal, que direcionam parte de suas verbas para as despesas relacionadas à educação.
Isso inclui, por exemplo, a manutenção das escolas, a contratação de professores, investimentos em projetos pedagógicos e outras ações. Em outras palavras, as escolas públicas existem para garantir que todas as crianças, independentemente da região, raça ou classe social, tenham acesso ao ensino e à igualdade de oportunidades para o futuro.
Dessa forma, existem escolas da rede municipal (que são administradas pelo município), rede estadual (administradas a nível estadual , ou seja, recebe investimentos dos estados) e rede federal (de responsabilidade do Governo Federal, entram, geralmente, apenas as instituições que oferecem o Ensino Médio e o Ensino Técnico Profissional).
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O que é escola particular?
As escolas da rede privada se diferenciam das unidades públicas porque cobram para que os alunos possam estudar. Dessa forma, elas funcionam como empresas que estão sempre almejando lucros e bons resultados. Por este motivo, os gestores dos colégios particulares investem constantemente em melhorias para se diferenciar da concorrência e atrair mais alunos.
O valor cobrado pelas escolas privadas varia de acordo com a estrutura oferecida aos alunos. Cabe aos pais analisar as opções que melhor se encaixam no orçamento familiar.
Abaixo, separamos alguns critérios que os responsáveis geralmente levam em consideração para matricular um aluno na escola particular.
Confira:
Qualidade do ensino: As escolas particulares frequentemente oferecem um currículo mais robusto e diversificado, visando preparar os alunos para os desafios acadêmicos e profissionais futuros.
Qualificação dos professores: Muitas escolas privadas investem em formação continuada e qualificações adicionais para seus professores, garantindo um alto nível de ensino.
Projetos pedagógicos diferenciados: Escolas particulares têm a liberdade de implementar projetos pedagógicos inovadores que podem incluir programas bilíngues, atividades extracurriculares e abordagem multidisciplinar.
Incentivo ao protagonismo dos alunos: Fomentam a autonomia e a responsabilidade dos alunos, promovendo a participação ativa no próprio processo de aprendizado.
Investimento da escola em novas tecnologias: As escolas privadas frequentemente atualizam suas tecnologias educacionais, como lousas digitais, laboratórios de informática e acesso à internet de alta velocidade.
Material didático atualizado: Utilizam materiais didáticos de ponta, muitas vezes produzidos por editoras especializadas, que refletem as últimas tendências e descobertas educacionais.
Metodologias ativas de ensino: Implementam metodologias que colocam o aluno no centro do processo de aprendizagem, como ensino por projetos, aprendizagem baseada em problemas e salas de aula invertidas.
Índice de aprovação dos alunos no vestibular: Muitas escolas privadas são conhecidas por suas altas taxas de aprovação em exames de admissão para universidades, o que é um atrativo significativo para os pais.
Abertura ao diálogo com a família: Promovem uma comunicação aberta e constante com as famílias, envolvendo-as no processo educacional e no desenvolvimento dos alunos.
Adequação mais rápida a novas modalidades de ensino: As escolas privadas têm a capacidade de se adaptar rapidamente a novas modalidades de ensino, como o ensino híbrido e o uso de plataformas digitais.
Aulas em tempo integral: Oferecem programas de tempo integral que incluem atividades extracurriculares, reforço escolar e desenvolvimento de habilidades sociais.
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Como está a educação nas escolas públicas e privadas no Brasil?
De acordo com o Censo Escolar 2023, o nosso país tem, ao todo, 176,4 mil escolas de educação básica e 68,7 mil creches em funcionamento. A rede municipal é a principal responsável pela oferta de vagas nos primeiros anos do ensino fundamental. São 10,4 milhões de alunos (70,2%) matriculados.
Já a rede estadual responde por 39,8% das matrículas dos anos finais do ensino fundamental, com 4,7 milhões de alunos. A rede estadual tem a maior participação no ensino médio, atendendo 6,5 milhões de alunos (83,9%). Nela, também está a maioria dos estudantes de escolas públicas (95,8%).
Em seguida, estão as redes privada, com cerca de 940 mil alunos (12,1%), e federal, com 225 mil matrículas (2,9%), respectivamente.
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O que é melhor: escola pública ou particular?
Em linhas gerais, não existe uma regra para garantir que toda escola particular é melhor que as públicas e nem o contrário. Existem casos de colégios privados pequenos que não são capazes de oferecer uma estrutura adequada para o desenvolvimento dos alunos.
Por outro lado, alguns municípios têm a educação como prioridade e por isso estão sempre sendo reconhecidos pela qualidade do ensino público. A Escola Municipal Vila da Felicidade, localizada em Manaus, na zona Leste, por exemplo, obteve a melhor nota no último Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), em 2023. Nos anos iniciais (5º ano), a nota alcançada foi 6,2, enquanto nos anos finais (9º ano) a nota foi 5,2. Este desempenho é resultado do programa “Educa+Manaus”, que inclui simulados, aulas de reforço e acompanhamento familiar, beneficiando mais de 30 mil estudantes.
Nesse contexto, é importante que cada família pesquise bastante sobre as instituições de ensino disponíveis e matriculem os filhos nas instituições que passarem mais credibilidade em relação à qualidade do ensino.
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