A pedagogia tradicional foi um dos primeiros métodos de ensino surgidos na história recente, por isso recebe o nome “tradicional”. Para entendermos melhor, devemos compreender o momento histórico em que ela se consolidou.
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A sua origem foi no século XIX, sendo criado com o intuito de universalizar a educação para alfabetizar e qualificar a população para exercer alguma profissão. Nesse sentido, destacamos e respondemos as perguntas mais comuns sobre esse método de ensino, confira:
O que é a pedagogia tradicional?
A pedagogia tradicional proporciona o letramento e a alfabetização de jovens, crianças e adultos. Nesse sentido, ela surgiu com o intuito de universalizar o conhecimento entre a população. Por ter um objetivo massificador, ela tem uma estrutura mais rígida e fechada à inovação, sendo alvo de críticas de educadores por causa disso.
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Uma escola tradicional, ou seja, que utiliza essa linha pedagógica, parte do princípio que um aluno crítico e criativo é resultado de uma bagagem de conhecimentos adquiridos. Desse modo, o estudante não é considerado um sujeito ativo no processo de aquisição de conhecimento, mas alguém que deve aprender com o professor, este sim, figura central no processo de ensino e aprendizado.
Por isso, as aulas costumam ser expositivas - quando o professor expõe o conteúdo para todos os alunos de um mesmo modo -, com bastante teoria e exercícios para reforçar e sistematizar a memorização do conteúdo.
Dessa forma, o professor acaba atuando como um guia que tem a função de transmitir conhecimento. No ensino tradicional, as provas e as avaliações acontecem de tempo em tempo, tendo o objetivo de analisar o quanto de informação o aluno conseguiu memorizar.
Em geral, se enquadram na pedagogia tradicional as escolas que preparam o aluno para o vestibular desde o início do currículo escolar.
Quais são as características da pedagogia tradicional de ensino?
A pedagogia tradicional possui alguns conceitos sobre a escola, os conteúdos ensinados, a metodologia utilizada, a relação entre o professor e o aluno, entre outros. Listamos abaixo os principais, confira:
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Função da escola:
Fornecer uma formação tanto moral como intelectual, preparando o aluno para o convívio em sociedade. Nesse caso, o interesse é a manutenção da sociedade como ela é. Além disso, o colégio enfoca a cultura, já os problemas sociais ficam a cargo da sociedade, em geral.
Conteúdos ensinados:
São os conteúdos já consolidados nos meio científico, sem que haja espaço para contestações por parte do aluno. Isso porque a pedagogia tradicional não leva em consideração o conhecimento prévio do estudante, não havendo, então, possibilidade de que ele conteste o conteúdo ensinado, pois eles devem ir para escola para aprender.
Metodologia de ensino:
As aulas são expositivas, isto é, o professor faz uma exposição verbal do conteúdo, além de passar exercícios para auxiliar o aluno na memorização do que está sendo ensinado. Assim, há uma dinâmica em que o professor explica o conteúdo, passa exercícios e, ao final, relaciona o tema com outros assuntos.
Relação entre o professor e os alunos:
Há uma hierarquia bem definida nessa relação, sendo o professor a autoridade que deve ensinar. Além disso, o silêncio, imposto pelo docente, deve ser constante na sala de aula. Os alunos devem obediência ao docente e às regras da escola, sendo punidos caso desobedeçam.
Como é uma escola tradicional?
Uma escola tradicional caracteriza-se por ter uma hierarquia rígida, na qual o diretor é a autoridade máxima do colégio, seguido dos coordenadores e dos professores, devendo o aluno obediência a todos estes.
Ao estudante, cabe aprender a disciplina de modo metódico e organizado, por meio de ordens e recomendações. Além disso, o aluno também é incentivado a desenvolver espírito de trabalho.
O material didático costuma ser conteudista com os professores realizando aulas expositivas e abordando conteúdos elaborados segundo as diretrizes educacionais propostas pelo MEC.
Porém, é comum que esse método conte com muitos textos e conhecimentos fragmentados que, muitas vezes, não se relacionam. É o caso, por exemplo, das disciplinas que nem sempre costumam ser ensinadas de modo integrado.
Essa fragmentação de disciplina faz com que cada uma seja ensinada por um professor diferente, dificultando que se estabeleça conexões entre elas. Além disso, o processo de ensino é dedutivo, ou seja, vai do abstrato para o concreto, do geral para o particular.
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Já o método avaliativo é por meio de provas e trabalhos, então o aluno precisa compreender o que está sendo explicado para avançar no ano letivo. Muitos educadores dizem que avaliações têm o objetivo de medir o quanto de informação o aluno conseguiu decorar.
Assim, o conceito de ensino é o de transmissão de conhecimento do professor para o aluno, quase sempre feito de com instruções e conteúdos já prontos, onde cabe ao aluno memorizar e acumular o que foi passado em sala de aula.
No Brasil, a imensa maioria das escolas adota a pedagogia tradicional. Existem outros métodos de ensino, como por exemplo a pedagogia Waldorf. Mas estes costumam ser menos difundidos, principalmente nas redes públicas de ensino.
Qual a proposta pedagógica das escolas tradicionais?
Conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil do Ministério da Educação (MEC), a proposta pedagógica ou projeto político-pedagógico representa o planejamento que guia as ações de uma instituição educacional.
Portanto, esse documento não apenas orienta as atividades, mas também define metas a serem alcançadas por meio do processo de aprendizagem e desenvolvimento das crianças que são cuidadas e educadas pela referida instituição.
De acordo com as diretrizes estabelecidas pelo MEC, as instituições de Educação Infantil devem desempenhar diversas funções sociopolíticas e pedagógicas, independentemente da proposta específica adotada. As principais são:
Garantir condições e recursos que permitam que as crianças desfrutem de direitos civis, humanos e sociais;
Assumir a responsabilidade de compartilhar e complementar a educação e o cuidado das crianças em colaboração com suas famílias;
Promover a igualdade de oportunidades educacionais entre crianças de diferentes classes sociais;
Facilitar a interação entre crianças e adultos, promovendo a ampliação de saberes e conhecimentos diversos;
Construir novas formas de sociabilidade e subjetividade comprometidas com a ludicidade, democracia, sustentabilidade do planeta e a ruptura de qualquer relação de dominação.