Como está a situação das escolas no Rio Grande do Sul?

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A enchente histórica que assolou o Rio Grande do Sul tem consequências em diversos aspectos da vida econômica, ambiental e social da população gaúcha. Dentre todos os prejuízos, um dos setores mais impactados no estado foi o da educação, seja na rede pública ou privada de ensino. Nesse cenário, muitos se perguntam: quando voltam as aulas no Rio Grande do Sul?  


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De acordo com o Governo do Rio Grande do Sul, 1.086 escolas estaduais foram impactadas pelas fortes chuvas em 255 municípios gaúchos. Essas redes de ensino foram danificadas, enfrentam problemas de acesso ou foram utilizadas como abrigo para famílias que perderam tudo nas enchentes. Apesar de todos os desafios do cenário atual, o boletim do governo estadual aponta que 97,6% do total das unidades já retomaram as atividades, com 92,7%, alunos, de volta às salas de aula. 



Aqui você pode acompanhar o mapa de retorno das escolas estaduais, e também a situação de cada unidade, disponibilizado pela Secretaria de Educação do RS - Seduc.


E na rede privada? 


Já na rede privada, pelo menos 10 mil alunos e cerca de 30 escolas foram afetadas e sofreram com as enchentes. Foi o que apontou um levantamento feito pelo Sindicato das Escolas Privadas do Rio Grande do Sul, o Sinep/RS.  A pesquisa contou com 184 das 315 escolas filiadas ao sindicato. 


“Nesse momento, a união dos segmentos que lideram a educação no Estado é fundamental para a recuperação do setor. Há milhares de educadores e pais de alunos que perderam suas casas, seus bens e empregos”, foi o que disse o presidente do Sinep/RS, Oswaldo Dalpiaz. 


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O presidente ainda destacou que a complexidade da situação no cenário atual supera os estragos da pandemia, uma vez que, após as enchentes, diversas famílias e professores foram afetados, e muitos ainda permanecem sem acesso às escolas. Algumas dessas instituições ainda servem de abrigo emergencial a famílias que foram forçadas a deixar as próprias casas por causa dos temporais.


Portanto, o retorno à sala de aula será gradual. Diante disso, abre-se a possibilidade de aulas remotas, distribuição de conteúdos e atividades, entre outras medidas que as instituições considerem produtivas neste momento. Foi o que apontou o presidente do Conselho Nacional de Educação, Luiz Roberto Liza Curi: 


“Nesse momento, há possibilidade de flexibilização tanto na transmissão, quanto no arranjo dos conteúdos trabalhados, especialmente a partir das possibilidades trazidas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que permite a reordenação por temas interdisciplinares, competências e áreas”, comentou em um encontro virtual com o tema “A Reorganização da Educação Gaúcha Diante da Crise Climática”, que aconteceu no dia 29 de maio. 



Como ajudar as escolas no Rio Grande do Sul: o que é a campanha Mochila Cheia? 


O cenário é complexo, os desafios para superação e reconstrução da educação do estado, vão além de aspectos materiais, uma vez que também envolvem questões de superação emocional e psicológica das famílias afetadas. Entretanto, com a união dos setores sociais no desenvolvimento de campanhas de solidariedade com foco na reconstrução, é possível manter a esperança e enxergar caminhos para o futuro da educação.



Foi pensando nisso que, nesta segunda-feira (10), o governo do Rio Grande do Sul iniciou a campanha “Mochila Cheia” que tem o objetivo de arrecadar livros e material escolar para crianças e jovens da rede estadual de ensino que foram afetados pelas enchentes. 


A meta da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) é arrecadar doações suficientes para montar cerca de 10 mil kits escolares completos, de forma que todos os estudantes afetados tenham condições de retornar às aulas de maneira digna. A direção-geral da Seduc fará a seleção e a organização de todo o material arrecadado para compor cada kit, de acordo com idade e série escolar do beneficiário.


Entre os itens sugeridos para doação estão: 


  • Mochilas

  • Cadernos

  • Lápis de cor e canetas hidrocor

  • Apontadores

  • Giz de cera

  • Canetas (azul, preta ou vermelha)

  • Estojos

  • Lápis preto ou lapiseiras

  • Caixas de grafite

  • Borrachas

  • Calculadoras

  • Réguas

  • Squeezes



Além dos materiais escolares, também há uma urgência em recompor os acervos de livros de ao menos 138 bibliotecas escolares que foram destruídas pelos temporais. A Seduc aponta para a necessidade de mais de 48 mil títulos de literatura brasileira e universal em bom estado. A meta é conseguir aproximadamente cinco exemplares por aluno, o que somam o desafio da arrecadação de mais de 245 mil livros. 


Pontos de Coleta: 


  • Porto Alegre: Escola Estadual Maria Thereza da Silveira (Rua Furriel Luiz Antônio de Vargas, 135, bairro Bela Vista. Funcionamento: das 10h às 16h.


  • Interior: As doações serão organizadas pelas Coordenadorias Regionais de Educação que definirão os locais de recebimento. 


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Participe e faça a diferença!


A escola desempenha um importante papel na vida em sociedade, contribui para a formação integral de cidadãos e o desenvolvimento de uma comunidade mais justa, inclusiva e desenvolvida. Com as portas fechadas, esse papel é interrompido e muitos setores são afetados. 




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Sua generosidade pode fazer a diferença em milhares de vidas de crianças e jovens, garantindo-lhes os recursos necessários para continuar seus estudos. Para mais informações acesse o site da Seduc, lá você encontrará orientações sobre doações de livros, orientações à gestão escolar, além de uma lista completa dos livros sugeridos para doação.