Os traumas de infância podem surgir de experiências marcantes ou traumáticas da infância, como acidentes e violências, que podem ser casos isolados ou repetitivos, e impactam profundamente o desenvolvimento emocional e psicológico das crianças.
Pessoas que carregam traumas de infância, muitas vezes, apresentam sentimentos de culpa, vergonha, medo ou confusão que, se não forem tratados, podem acompanhá-las até a vida adulta, afetando a qualidade de vida e suas relações interpessoais.
Pensando tanto nos pais, quanto nos filhos, neste artigo, vamos te mostrar como reconhecer os sinais e tipos de traumas infantis, seus impactos e como superar traumas de infância.
Neste artigo você verá:
Quais os tipos de traumas de infância?
Quais são os 4 tipos de traumas?
O que um trauma de infância pode causar na vida adulta?
Como superar traumas de infância
Quais os tipos de traumas de infância?
Os traumas de infância podem ser classificados de acordo com o tipo de experiência vivida, o ambiente em que ocorreram, quem foi o responsável e os motivos envolvidos.
A fase da vida em que somos crianças é muito sensível. É um momento de intensa formação, não só da personalidade e habilidades, mas também em vários aspectos, físicos e neurológicos.
Existem ligações neurais e outros componentes do corpo que estão sendo construídos, como ossos e músculos. Então é preciso ter muito cuidado com tudo que afetará a criança.
Às vezes, um trauma surge de uma situação inusitada ou até não intencional. O divórcio dos pais, a morte dos avós, uma competição na escola e outras situações semelhantes podem ser exemplos de experiências traumáticas.
Dentro dos traumas de infância, veja os principais tipos:
Aviso: muitos dos casos traumáticos podem ser “gatilhos” para algumas pessoas! Respeite os seus sentimentos e procure ajuda profissional ou alguém de confiança.
Abuso físico, sexual ou emocional
Apesar de ser discutido, esse ainda é um tema muito sensível para várias pessoas. Justamente pelo trauma, ou até por medo e vergonha, é comum a fuga de falar sobre essa experiência.
Outro ponto importante é que nem sempre quem foi abusado sabe reconhecer ou entender aquilo como um abuso. Pois podem ser ações, mas também palavras, gestos, cobranças e outras ações. Ele ainda pode ser causado por familiares, conhecidos ou até outras crianças da mesma idade.
Essas experiências deixam marcas profundas e exigem acompanhamento psicológico e a presença de alguém de confiança para a criança poder ter em quem buscar ajuda.
Divórcio dos pais
Esse processo pode ser confuso para a criança, especialmente quando há manipulação ou conflito. Pois, além de um casal, os adultos também são pais e fazem parte da rotina da criança.
As mudanças, os desentendimentos e até a própria causa do divórcio podem ser acontecimentos que impactarão seriamente na vida e formação dos filhos.
Então, ao tomar essa decisão, recomenda-se à família proporcionar acompanhamento profissional para a criança.
Testemunhar violência doméstica
Não só nas crianças, mas nos jovens e adultos também, presenciar qualquer tipo de violência pode gerar um trauma.
Ver a violência em casa, mais ainda, gera sentimentos de medo e insegurança, colocando a criança em situações de perigo.
Afinal, os pais são as figuras que deveriam proteger e proporcionar o sentimento de segurança. Quando isso é distorcido, há a abertura para o surgimento de um trauma infantil.
Bullying:
Mais comum no ambiente escolar, o bullying reforça sentimentos de exclusão e humilhação, deixando marcas psicológicas duradouras.
Passar por essa experiência pode ser traumático e exigir maior atenção dos adultos em torno dessa criança ou adolescente.
Perda de um ente querido
O luto não elaborado pode desencadear medos inconscientes, como o receio de abandono ou solidão.
Perder uma pessoa, principalmente se ela fazia parte do cotidiano, pode ser algo traumático na infância. A ideia da morte nem sempre é compreendida ou bem aceita até pelos adultos, então não seria diferente e até mais difícil com as crianças.
Negligência:
A falta de cuidados básicos e suporte emocional compromete o bem-estar da criança e pode resultar em traumas. A negligência engloba vários aspectos da infância e consiste, resumidamente, no descaso com algo ou alguém.
Então, deixar de cuidar da criança, de dar suporte emocional, de comparecer nos eventos ou até estar presente no dia-a-dia podem ser exemplos de negligência.
Sabendo disso, é importante que os pais observem sinais e comportamentos que possam indicar a presença desses traumas e buscar apoio profissional para ajudar a criança a se recuperar.
Crie um ambiente de diálogo aberto em casa e se mostre como alguém de confiança e quem acolhe. Conversas regulares ajudam as crianças a expressar seus sentimentos e compartilhar experiências que podem estar causando desconforto ou medo.
Quais são os 4 tipos de traumas?
Os traumas de infância podem ser classificados em quatro categorias principais. São elas:
Trauma crônico: resultado de uma exposição prolongada a situações traumáticas, como negligência ou abusos recorrentes. Ele pode comprometer a autoestima e gerar medos persistentes.
Trauma agudo: causado por um evento isolado, mas muito impactante, como um acidente ou a perda de um ente querido.
Trauma complexo: surge de uma combinação de situações, especialmente se vividas em um curto espaço de tempo ou por períodos prolongados.
Trauma secundário: afeta quem presencia o sofrimento de outra pessoa, como uma criança que observa a mãe sofrer violência doméstica.
O que um trauma de infância pode causar na vida adulta?
Os impactos dos traumas de infância vão além dessa etapa da vida. Por ser um momento de intensa formação, todos os acontecimentos podem resultar em algo na vida adulta.
Se não tratados, os acontecimentos podem acompanhar o indivíduo em outras fases da vida e ter consequências em cada uma delas.
Veja os efeitos mais comuns dos traumas de infância na vida adulta:
Depressão e ansiedade;
Transtornos alimentares;
Ataques de pânico;
Dificuldades em relações interpessoais;
Medo constante de julgamento;
Repetição do comportamento traumático.
Depois de entender os efeitos, aprender como superar traumas de infância é essencial, principalmente para os pais. Buscar ajuda psicológica para superar esses desafios pode ser um diferencial para a vida e história dos seus filhos.
Como pontuado, é comum que haja a repetição dos comportamentos que causaram o trauma. Por exemplo, crianças que sofreram agressões dos pais serem agressivas com seus filhos quando adultos.
Por isso, entender como superar traumas de infância é algo que todos deveriam se preocupar, mas principalmente quem tem filhos e não gostaria de repassar um sofrimento que teve quando criança.
Um teste de trauma de infância pode analisar os seus comportamentos em consultas com profissionais. Falar com pessoas à sua volta também pode ser uma maneira de descobrir se você precisa de ajuda, pois podem haver situações que você não se lembra.
8 dicas de como superar traumas de infância
A jornada de como superar traumas de infância é longa e particular de cada pessoa. A forma de lidar com o que aconteceu é um processo individual e vai ter ligação com a personalidade, dor e trauma de cada um.
Embora seja comum buscar por um teste de trauma de infância para tentar identificar ou confirmar experiências traumáticas, apenas um profissional pode diagnosticar e tratar esses casos adequadamente.
Não confie em testes online, além deles poderem causar gatilhos emocionais, não oferecem soluções reais.
Veja algumas estratégias que ajudam a superar traumas:
Procure ajuda profissional;
Desenvolva uma rede de apoio;
Ressignifique os acontecimentos;
Valide suas emoções;
Tenha diálogos abertos;
Não guarde para si o sofrimento;
Pratique o autocuidado;
Perdoe-se.
Se você busca saber como superar traumas de infância ou desconfia que seu filho esteja lidando com isso, procure apoio especializado. Não esqueça de mostrar para os mais novos que você está ali por eles.
Outra forma importante de lidar com esses desafios e até descobrir uma experiência traumática é criar oportunidades para que a criança ou o adulto afetado explorem atividades criativas, como desenho ou escrita, que podem ajudar no processo de expressão emocional.
É essencial entender que a superação é um processo gradual. Ter paciência consigo mesmo ou com a criança, aliado ao suporte profissional, garante um caminho mais seguro para a recuperação.
Informar e conscientizar sobre traumas de infância ajuda pais e mães a identificar sinais de sofrimento emocional em seus filhos e a buscar soluções eficazes. Porém, isso não tira a necessidade de entrar em contato com um profissional de confiança.
Agora que você já tem mais informações, é hora de fazer uma autoanálise e atentar-se às crianças! Não esqueça de compartilhar este conteúdo com quem você sabe que precisa dele.