A volta às aulas presenciais tem sido marcada por um constante vai e vem em todos os estados. No Distrito Federal, as escolas particulares poderão retornar com as atividades presenciais imediatamente, enquanto as aulas na rede pública permanecerão suspensas até 31 de agosto. Por outro lado, no Rio de Janeiro, a Justiça determinou que as escolas privadas deverão seguir fechadas. A medida também proíbe a prefeitura do Rio de qualquer outro ato administrativo que autorize o retorno das aulas da rede privada.
No meio desse impasse, a adesão dos pais ao retorno não aparenta estar alta. Durante o breve momento em que as aulas voltaram em Duque de Caxias, assim como em Manaus, onde cerca de 70% das escolas particulares estão abertas, grande número de pais e alunos preferiram seguir com o ensino a distância. Embora exista uma necessidade de retomada das atividades presenciais, é preciso ficar atendo ao sentimento dos pais em relação a volta.
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Uma vez que a vacina para o novo coronavírus (COVID-19) segue nas fases de pesquisa e o número de casos no país segue em ascensão, muitas famílias não se sentem seguras em enviar seus filhos para escola. Desse modo, é importante que a gestão escolar esteja em contato com os pais e alunos para entender o quão aderente ao retorno eles estão.
Vocês vão mandar suas crianças de volta para as aulas?
Já que não há consenso sobre o momento certo para a volta às aulas presenciais, é importante que a gestão escolar escute o que pais e alunos têm a dizer. A maneira mais organizada de se fazer isso é por meio de uma pesquisa de opinião. O questionário pode ser elaborado de diversas formas através de ferramentas gratuitas como Survey Monkeys ou Formulários Google.
No momento de preparação das perguntas, é importante ter em mente quais são as informações que a escola precisa para adequar seu planejamento estratégico ao cenário. Assim como os especialistas se dividem sobre a questão, as famílias também apresentaram opiniões divergentes e é fundamental que a gestão compreenda como seus alunos se comportarão quando as aulas retornarem.
Tendo como base os protocolos de biosegurança elaborados até o momento, é possível afirmar com certeza que uma baixa adesão dos pais ao retorno das atividades presenciais exigirá um planejamento diferente de uma alta adesão. Uma vez que o retorno exige um distanciamento mínimo entre as carteiras e um número reduzido de alunos em sala, a adesão dos alunos é determinante para a organização do novo cronograma escolar.
Nessa pesquisa, também é importante que a escola levante a necessidade dos pais em relação ao cuidado de seus filhos. A retomada das atividades econômicas trás para os trabalhadores a necessidade de retorno de suas funções nos escritórios, fábricas, comércios, e etc. Mesmo que não haja uma definição oficial sobre a organização do calendário letivo 2020, cabe a escola, mais uma vez, reforçar a parceria com as famílias.
Converse também com os professores e funcionários
Se por um lado a adesão das famílias é importante, por outro, adesão dos professores é fundamental. O planejamento de retomada das atividades também deve levar em consideração a realidade do corpo docente. Professores e funcionários que pertencem ao grupo de risco deverão permanecer com as atividades remotas.
Desse modo, a presença dos professores na escola fará toda diferença na reorganização (ou não) das turmas. Mesmo enfrentando muitos desafios ao longo do caminho, os educadores não mediram esforços para diminuir as distâncias entre as crianças e a aprendizagem. Enquanto o modelo de ensino híbrido não pode ser uma realidade, é preciso continuar aprimorando a educação a distância para que o desenvolvimento das crianças não pare.
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