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Quais as diferenças entre recuperação, reforço e recomposição de aprendizagem?

É comum ter dúvidas sobre a diferença de conceitos entre recuperação, reforço e recomposição de aprendizagem. Isso se dá pois eles ficaram ainda mais inseridos no contexto educacional após a pandemia da COVID-19.

O distanciamento social necessário para conter a propagação do vírus levou ao fechamento de escolas em 180 países a partir de março de 2020. Mesmo um ano depois, escolas em 94 países permaneceram fechadas parcial ou totalmente. Esse cenário resultou em enormes consequências para a educação global, com aproximadamente 1,3 bilhão de crianças perdendo pelo menos meio ano de aulas, e 960 milhões perdendo um ano inteiro, de acordo com um relatório do Banco Mundial.

Até o momento, a recuperação era o conceito mais utilizado para auxiliar os estudantes a alcançarem os níveis de aprendizagem esperados em cada etapa de ensino. No entanto, a magnitude dos impactos da pandemia levanta questionamentos sobre a eficácia desse modelo tradicional de recuperação.

Nesse contexto, educadores e especialistas têm explorado alternativas para lidar com os desafios enfrentados pelos alunos. Novas abordagens estão sendo discutidas, como a educação remota, o uso de tecnologia, a aprendizagem personalizada e estratégias de recuperação acelerada. Essas estratégias visam não apenas recuperar o atraso no aprendizado, mas também promover um avanço rápido e significativo para que os alunos possam alcançar seus objetivos educacionais.

Continue a leitura e conheça mais detalhes sobre a diferença entre recuperação, reforço e recomposição de aprendizagem.

Recuperação

A recuperação também é conhecida como a prática que busca retomar um conteúdo e/ou habilidade de um ou mais alunos que não obtiveram o desempenho esperado.

Ela costuma ser aplicada ao final do processo de ensino e aprendizagem. Por isso, em geral, a recuperação acontece ao final do ano letivo ou no início do próximo, durante o recesso de janeiro.

Atualmente, esse formato pontual de retomada dos conhecimentos não é visto como a melhor opção para garantir aprendizagem dos estudantes.

O indicado é que o processo de trabalhar as dificuldades dos alunos ocorra ao longo de todo o ano – e não apenas ao final do período letivo.

Ou seja, as estratégias de recuperação devem acontecer durante todo o ano letivo e não apenas no fechamento de ciclos.

Contudo, ainda é muito comum encontrar a recuperação como prática regular em diversas instituições de ensino.

Veja também: + Novo Ensino Médio: o que muda com a suspensão do cronograma de implantação?

Reforço

O reforço escolar, por sua vez, consiste no aprofundamento de um conteúdo e/ou habilidade. Ele é voltado para um ou mais alunos que estão com maior dificuldade durante um processo de ensino e aprendizagem.

Diferente da recuperação, o reforço ocorre ao longo de todo o ano letivo — normalmente no contraturno escolar. Já nos casos em que o contraturno não é possível, o reforço pode ser feito nas aulas regulares.

Essa prática pedagógica possui uma série de recomendações. Por exemplo, é uma boa alternativa não repetir estratégias já utilizadas em sala de aula, e sim oferecer outras propostas que permitam o avanço do aluno.

Caminhos interessantes para isso são investir no uso de agrupamentos, em trabalho colaborativo e nas metodologias ativas.

Além disso, também é essencial que os educadores evidenciem que o reforço não é uma punição ou algo apenas para alunos “mais fracos” e sim uma nova iniciativa que pode contribuir para o processo de aprendizagem.

É uma das práticas mais eficazes para o aprendizado dos alunos, garantindo um espaço para sanar dúvidas, praticar os pontos que têm problemas, ou mesmo se preparar para uma avaliação.

Veja também : + Rematrícula escolar: planejamento ajuda a reter alunos!

Recomposição de aprendizagem

Mas afinal: e a recomposição de aprendizagem, o que significa?

A recomposição de aprendizagem é uma abordagem pedagógica que surgiu como resposta aos impactos da pandemia da Covid-19, diferenciando-se do reforço e da recuperação, que já eram práticas conhecidas na rotina escolar.

Conforme ressaltamos no início do texto, a pandemia trouxe desafios adicionais à educação, tornando necessário o desenvolvimento de ações para reorganizar e impulsionar as aprendizagens dos estudantes.

Durante esse período de crise sanitária, muitos alunos tiveram seu processo de aprendizagem prejudicado devido a diferentes fatores. Alguns exemplos são a suspensão das aulas, dificuldades de adaptação ao ensino remoto ou falta de acesso adequado às tecnologias necessárias. Além disso, questões emocionais relacionadas ao isolamento também afetaram o aprendizado.

Ficou evidente que a pandemia causou defasagem nos conhecimentos dos alunos em diversos níveis de ensino. Diante dessa realidade, educadores e especialistas na área uniram esforços para encontrar alternativas pedagógicas capazes de mitigar o impacto negativo da pandemia e recuperar os conteúdos que ficaram para trás. Assim, surgiu a prática da recomposição de aprendizagem.

Essa abordagem envolve uma série de ações, veja quais a seguir:

  • Acolhimento dos estudantes;
  • Priorização curricular;
  • Estratégias avaliativas;
  • Adaptação das práticas pedagógicas para determinar quais métodos e recursos didáticos utilizar;
  • Realização de avaliações diagnósticas;
  • Formação contínua dos professores e acesso a materiais didáticos adequados.

A recomposição de aprendizagem busca acelerar o processo de ensino e aprendizagem, levando em consideração os diferentes níveis de conhecimento dos alunos, uma vez que o acesso à educação durante a pandemia foi desigual.
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Publicado em:Curiosidades

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