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Setembro Amarelo: como abordar o tema na escola?

Atualizado em 29/08/2024

A campanha Setembro Amarelo é organizada desde 2014 pela Associação Brasileira de Psiquiatria, em parceria com o Conselho Federal de Medicina, com o objetivo de conscientizar a população sobre a prevenção do suicídio e a importância de cuidar da saúde mental. 

Este tema é especialmente relevante no ambiente escolar, em que os alunos passam por fases de intenso desenvolvimento emocional e físico.

Neste artigo você vai ver:

  • O que fazer para trabalhar Setembro Amarelo nas escolas?
  • Quais fatores influenciam a saúde emocional dos alunos?
  • Setembro Amarelo: combate aos casos de bullying e cyberbullying
  • O que falar para adolescentes sobre o Setembro Amarelo?
  • Qual o tema do Setembro Amarelo 2024?
  • O que posso fazer para ajudar o Setembro Amarelo?

O que fazer para trabalhar Setembro Amarelo nas escolas?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que o suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos em todo o mundo. No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, o suicídio é responsável por cerca de 12 mil mortes por ano, e a faixa etária de 15 a 29 anos está entre as mais vulneráveis. Estes dados mostram a necessidade urgente de ações preventivas, especialmente nas escolas. 

Para que a campanha Setembro Amarelo seja efetiva, é importante que as escolas desenvolvam atividades que abordem a saúde mental de forma acessível e empática, garantindo que todos os alunos recebam o apoio necessário.

Aqui estão algumas ideias para trabalhar Setembro Amarelo na escola:

AçãoDescrição
Rodas de conversa sobre saúde mentalPromova espaços em que os alunos possam falar abertamente sobre suas emoções e sentimentos, mediados por psicólogos ou professores treinados.
Palestras sobre prevenção ao suicídioConvide especialistas para discutir os sinais de alerta e a importância de buscar ajuda, reforçando que os alunos não estão sozinhos.
Atividades saudáveisIncentive práticas como exercícios físicos, momentos de lazer, e alimentação equilibrada, que contribuem para o bem-estar geral.
Projetos em grupoEstimule a colaboração entre os alunos, o que pode ajudar a fortalecer laços e reduzir o isolamento.
Campanhas visuaisDecore a escola com cartazes informativos sobre a campanha, e incentive os alunos a criar murais e outros projetos visuais que promovam a conscientização.
Engajamento nas redes sociaisUse as plataformas digitais da escola para promover a campanha, compartilhando informações e recursos sobre saúde mental.
Reuniões com pais e responsáveisOrganize encontros para discutir a importância da saúde emocional e o papel da família no apoio aos jovens.

Quais fatores influenciam a saúde emocional dos alunos?

A saúde emocional dos alunos é influenciada por uma série de fatores internos e externos, que podem ser agravados pela falta de suporte adequado. Entre os principais fatores estão a violência doméstica, abusos, ausência parental, dificuldades financeiras, e traumas como o divórcio ou a perda de entes queridos.

A escola deve atuar como um ponto de apoio, oferecendo não só educação, mas também um ambiente seguro onde os alunos possam expressar suas preocupações e encontrar soluções para seus problemas.

Segundo a psicóloga e educadora Rosana Calvo, 

“As escolas têm um papel crucial na identificação precoce de sinais de sofrimento emocional nos alunos. A criação de um ambiente acolhedor, onde os jovens se sintam seguros para falar sobre seus problemas, pode fazer toda a diferença na prevenção de casos graves, como o suicídio.”

Como trabalhar as emoções no Setembro Amarelo?

Trabalhar as emoções dos alunos é uma parte fundamental da prevenção ao suicídio. Atividades como dinâmicas de grupo, sessões de mindfulness, e programas de educação emocional podem ajudar os alunos a desenvolver habilidades importantes, como resiliência, empatia, e autoconhecimento. 

Essas habilidades são essenciais para que os jovens possam lidar com os desafios da vida de maneira saudável e construtiva.

Setembro Amarelo: combate aos casos de bullying e cyberbullying

O bullying e o cyberbullying são formas de violência que podem ter efeitos devastadores na saúde mental das crianças e adolescentes. 

No ambiente escolar, é fundamental que esses problemas sejam tratados com seriedade, através de políticas claras e ações que promovam o respeito e a inclusão. 

A escola deve se esforçar para identificar e intervir em casos de bullying, oferecendo suporte tanto às vítimas quanto aos agressores, que muitas vezes também precisam de orientação e ajuda psicológica.

Automutilação é um sinal de alerta

A automutilação é um comportamento autolesivo que pode ser um forte indicador de sofrimento emocional e risco de suicídio. De acordo com a OMS, a automutilação é frequentemente um grito de ajuda, e não deve ser ignorada. 

Educadores e pais devem estar atentos aos sinais, como cortes, queimaduras ou outros ferimentos inexplicáveis. A escola deve oferecer apoio imediato a qualquer aluno que mostre sinais de automutilação, conectando-o a profissionais de saúde mental e envolvendo a família no processo de recuperação.

O Dr. Carlos Almeida, psiquiatra especializado em saúde mental infantojuvenil, comenta: 

“A automutilação é muitas vezes uma forma de o jovem lidar com emoções que não consegue expressar verbalmente. É crucial que a escola esteja preparada para identificar esses sinais e oferecer o apoio necessário, em colaboração com os pais e profissionais de saúde.”

O que falar para adolescentes sobre o Setembro Amarelo?

Abordar o Setembro Amarelo com adolescentes requer sensibilidade e clareza. É importante que eles entendam que suas emoções são válidas e que buscar ajuda é um ato de coragem. 

Explique que a escola é um espaço seguro, onde eles podem encontrar apoio de profissionais preparados para ajudar. Fale abertamente sobre a importância de identificar e lidar com os sinais de depressão e ansiedade, e reforce que a busca por ajuda é um passo fundamental para a superação dos desafios emocionais.

Qual o tema do Setembro Amarelo 2024?

Em 2024, o tema do Setembro Amarelo é “Se precisar, peça ajuda!” e diversas ações já estão sendo desenvolvidas para promover a conscientização sobre a importância de pedir e oferecer ajuda. 

A campanha deste ano enfatiza a necessidade de criar um ambiente onde as pessoas se sintam seguras para falar sobre suas dificuldades e buscar apoio. O objetivo é transformar as escolas em espaços em que a saúde mental seja uma prioridade contínua, e não apenas durante o mês de setembro.

O que dar de brinde no Setembro Amarelo?

Brindes podem ser uma forma eficaz de engajar os alunos na campanha Setembro Amarelo. Alguns exemplos incluem:

  • Pulseiras amarelas com mensagens de apoio
  • Marcadores de página com informações sobre saúde mental
  • Camisetas personalizadas com o lema da campanha
  • Broches ou pins com o símbolo do Setembro Amarelo
  • Adesivos e buttons com frases de conscientização
  • Cadernos ou diários para anotações pessoais

O que posso fazer para ajudar o Setembro Amarelo?

Todos podem contribuir para a campanha Setembro Amarelo, seja no ambiente escolar, em casa, ou na comunidade. Algumas maneiras de ajudar incluem:

  • Divulgação: Compartilhe informações sobre a campanha nas redes sociais e incentive discussões sobre saúde mental.
  • Voluntariado: Participe de ações e eventos que promovam a conscientização e ofereçam suporte a quem precisa.
  • Educação: Informe-se sobre os sinais de alerta do suicídio e como oferecer ajuda adequada.
  • Apoio: Esteja disponível para ouvir e apoiar amigos, colegas, ou familiares que estejam passando por dificuldades emocionais.

Apoio que salva vidas

O papel das escolas no Setembro Amarelo é crucial para a promoção da saúde mental e a prevenção do suicídio entre os jovens. 

Implementar ideias para trabalhar Setembro Amarelo na escola é uma forma eficaz de engajar os alunos e a comunidade escolar, criando um ambiente de apoio e compreensão. 

Ao trabalhar o tema de forma contínua e integrada, a escola pode contribuir significativamente para o bem-estar emocional dos alunos, prevenindo situações de risco e promovendo uma cultura de ajuda mútua.

Para conferir outras informações e materiais sobre o Setembro Amarelo, basta acessar o site oficial da campanha.

Se você ou alguém que você conhece está passando por dificuldades emocionais, entre em contato com o CVV (Centro de Valorização da Vida) pelo número 188, disponível 24 horas por dia, de forma gratuita. O CVV oferece apoio emocional e está pronto para ouvir e ajudar.

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